A Justiça condenou por assassinato o pai de uma menina de quatro anos que morreu após ser jogada de uma ponte de 58 metros de altura em Melbourne, na Austrália.
Arthur Freeman, cuja defesa alegou que ele não estava em controle de todas as suas faculdades mentais quando o crime aconteceu, em janeiro de 2009, foi acusado de lançar sua filha em queda livre 'como uma boneca de trapo' por causa de uma disputa conjugal.
O caso chocou a Austrália e colocou o sistema judicial do país sob as críticas de ter ignorado os alertas e negligenciado a segurança da menina, Darcey, e seus dois irmãos, Ben e Jack, de seis e oito anos na época.
Em plena hora do rush - às 9h da manhã do dia 29 de janeiro de 2009 - Arthur, 37, parou seu carro no meio da ponte West Gate, deixou o pisca-alerta ligado e jogou a filha no rio Yarra.
Caso chocou opinião pública da Austrália (Foto: Cortesia da família) Os irmãos da menina estavam no carro e, segundo especialistas psiquiátricos, terão de passar a vida lutando contra o trauma causado pelo episódio.
Momentos antes, ele havia ligado para a mãe da Darcey, Peta Barnes, com quem havia permanecido casado por sete anos.
'Dê adeus aos seus filhos', dissera Arthur, segundo uma das evidências apresentadas no processo e reproduzida no site do jornal 'Sydney Morning Herald'.
A câmera de um caminhão que passou ao lado do carro poucos minutos antes do incidente mostrou o intenso fluxo de veículos na hora do crime.
Alguns motoristas ligaram para a polícia, mas as testemunhas disseram que os eventos se desenrolaram muito rapidamente para agir.
Condenação
Arthur Freeman foi condenado após a análise de dezenas de relatos de testemunhas apresentados na Suprema Corte do estado de Victoria.
Os psiquiatras que prestaram depoimento durante o julgamento afirmaram não haver razões para crer que o pai estivesse fora de suas capacidades mentais quando agiu.
Darcey morreu de ferimentos internos graves e em virtude de afogamento. A equipe de resgate tentou ressucitar a menina por 45 minutos, mas ela morreu no hospital.
'Ninguém teve oportunidade de intervir. Tudo aconteceu rápido demais', disse, à época, o detetive Steve Clark, responsável pelo caso.